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ENTRE MUROS

Sobre

Revendo artes antigas, a inspiração saltou quando os olhos bateram em "Os Amantes", de René Mangritte. Os rostos cobertos naquela arte trouxeram à tona, quase que de forma instantânea,  uma reflexão baseada em memórias profundas de um passado distante que outrora também foi meu:

A pressão pra repressão!

A referência visual trazida por René, no mesmo momento que vislumbrada, me fez refletir sobre amigos, pessoas amadas... sobre o artista, mas também sobre o desconhecido - qualquer um que ainda vive sob pressão pra não serem quem são!

 

O muro existe! É real! 
Ele não é confortável, como alguns pensam. 


O muro é duro, cheio de pedras, instável.
No muro não há confiança,  não há o relaxamento, o descanso. 

As histórias podem ser parecidas,  mas cada história é escrita por uma mão diferente, pois somos o fruto do núcleo social que fizemos parte. Por isso, o nosso olhar precisa alcançar a empatia.

As obras podem chocar algumas pessoas, e esse é o objetivo sim! 
O anseio é trazer à reflexão o tanto de dor que há na pressão para a repressão.

Procuro quebrar paradigmas levantados e sustentados pela religiosidade, pelo caos preconceituoso de gerações familiares, pelo o que uma sociedade diz que é o certo.


Procuro trazer novas convicções a cerca do se olhar, se sentir, se priorizar.

De antemão já afirmo que ver uma obra de arte legitimamente gay não fará com que seu filho ou filha se torne um. Afinal, não é assim que funciona.

Contudo, um dos objetivos do projeto é sim, fazer com que ao ver e entender uma obra neste nível de veracidade, os futuros adultos desse mundo não se coloquem no lugar de opressor.

O muro existe, mas não precisa durar pra sempre!
O ápice da obra é fazer com que aquele que hoje está no muro, se veja, se perceba, se ame e se aceite!
Que sintam o peso do papel ambíguo que vivem, e se libertem! 

Que o muro caia! 
Que a liberdade chegue!


Em seu tempo. Com tempo. Mas em tempo!

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